Notas biográficas

Francisco Izidro Monteiro nasceu no Rio de Janeiro-RJ em 12 de junho de 1860. Nessa cidade, diplomou-se em arquitetura e, no início da sua carreira, recebeu menção honrosa no histórico concurso de fachadas para a Avenida Central da então capital federal, em 1904. 

Em Belo Horizonte, o arquiteto Izidro Monteiro foi integrante do quadro técnico da Comissão Construtora da Nova Capital (CCNC) entre 1894 e 1895. Após se desligar da CCNC, o arquiteto continuou a atuar na cidade nos anos seguintes e firmou-se como um dos responsáveis pela configuração inicial da paisagem arquitetônica da capital, tipicamente referenciada no ecletismo francês. 

Um dos seus primeiros projetos a se destacar na capital foi o do icônico edifício dos Correios e Telégrafos (1906), situado na Av. Afonso Pena, que posteriormente foi demolido para a construção do Ed. Sulacap-Sudameris (1941-1946). Para essa mesma avenida, a mais importante da cidade, o arquiteto também projetou a bela Estação de Bondes (1909), que proporcionou, até a sua demolição, vitalidade e referência arquitetônica à esquina de Afonso Pena com Rua da Bahia.

Outro edifício delineado por Izidro Monteiro que se destacou na paisagem urbana da nascente capital foi o Conselho Deliberativo e Câmara Municipal (1911), atual Museu da Moda (MuMo), situado na esquina da Av. Augusto de Lima com Rua da Bahia, cuja composição eclética tem inspiração nos estilos gótico e manuelino. 

Por fim, do profícuo trabalho realizado por Izidro Monteiro em Belo Horizonte, ainda podemos destacar como referências para a arquitetura da cidade os seguintes edifícios: a Maternidade Hilda Brandão (1912), a primeira da cidade; o requintado Palacete Narbona* (1911), na Praça da Liberdade; e a Serraria Souza Pinto (1911), um dos primeiros edifícios a empregar estrutura de ferro em Belo Horizonte. 

Francisco Izidro Monteiro faleceu no Rio de Janeiro-RJ, aos 58 anos de idade, em 05 de julho de 1918.

Nota:

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*Autoria atribuída pelos pesquisadores da Fundação João Pinheiro (NORONHA, 2001). Outras fontes bibliográficas consideram José Narbona, o construtor e proprietário do edifício, como o autor do projeto.